segunda-feira, 25 de maio de 2009

ENTRE ALTOS E BAIXOS !

Tudo tão cinzento. Talvez esteja um dia lindo lá fora, o sol brilhando, crianças alegres, pessoas felizes, praia cheia e eu tão longe dela. Aqui no meu catre parece que o dia está mais cinzento que nunca. Sentado em frente ao computador escrevendo o que me vem à cabeça, quando deveria estar fazendo outra coisa qualquer. Simplesmente não consigo. É tolice, mas o dia hoje está escuro e chove, ainda que não esteja. Lembrei-me que devo me agarrar as coisas insignificantes que me fazem sorrir, por mais pequenas que sejam. É isso que tento fazer, neste dia não muito bom. Por vezes penso em voltar a ser criança e não ter de lidar com as responsabilidades, contrariedades de sentimentos e emoções dos adultos, mas não se pode ser criança para sempre. Putz! Estou repetindo o que disse em postagens anteriores. Vou ficando velho, resmungão e falando sozinho. Pior, velho, resmungão e escrevendo sozinho, para um leitor apenas, eu. Tenho que enfrentar as situações difíceis o melhor possível. Penso que não existe saída, mas não é verdade, há sempre uma saída e tudo se resolve, só que por vezes é preciso um pouco mais de paciência. Nem sempre é fácil. Por mais cinzento o dia existirá um raio de sol, mais cedo ou mais tarde. E tem a máxima de um amigo que insistia dizendo que se não tem solução já está solucionado; e mais, sempre me lembrava para ligar o descomplicador. Sim. Talvez. E porque não? Cuidar antes de falar ou escrever. Tanto já tratei do assunto aqui no meu Querido Diário. Algumas vezes, cansado do trabalho, estressado, com mau humor e de mal com vida, acabo por dizer, escrever ou enviar e-mails que não deveria. Depois vem o arrependimento, mas já era: o dito foi dito, o texto postado, a mensagem enviada. Procuro ter muito cuidado para não escrever ou falar algo errado, na hora errada, especialmente sobre e para as pessoas erradas. Pensando nisso uso formas limitadas de estilo e redação e procuro falar menos. Melhor ficar quieto na minha caverna, na segurança da toca, meu refúgio quase inacessível. Tem dias, como hoje, por exemplo, em que não sei em quem confiar e as pessoas à minha volta me parecem falsas, individualistas, imprevisíveis, na base do cada um por si. Pronto, já estou registrando o que não devia. Melhor escrever poesia cujos versos toquem a todos, que não lembre tristezas, só alegrias. Sem métrica ou rimas. Que seja simples repouso das palavras, que lidas, relidas, sejam compreendidas e, ainda que mal interpretadas, não ofendam ou prejudiquem qualquer pessoa. Aí está a minha costumeira ingenuidade recheada de boas intenções. Mas qual o quê, de ingênuos com boas intenções o inferno está cheio; tímido, sem desenvoltura na palavra falada, escrevo apenas fatos e poeta não sou. Aliás, ando pensando que o que bloguei já está longo demais e essa cantilena monótona exige que eu, logo, logo, o mude ou o feche definitivamente só depende de vocês. /ROGER. LAPAN