quinta-feira, 13 de setembro de 2007

ATÉ QUANDO . . . ?

PAPEL DO JORNALISMO CULTURAL

As páginas de cultura dos jornais, de circulação local, regional ou nacional, trazem na grande maioria das vezes, matérias, reportagens ou artigos voltados para uma cultura que segrega parcela da população. Ora, se um faminto não tem acesso à comida, quiçá ao teatro, ao cinema, aos grandes eventos! Se não tem acesso ao “bê-a-bá”, quiçá às obras euclidianas, machadianas ou quaisquer outras obras de grande vulto! Cultura para nós, chamados “letrados”, pode ser tudo isso citado acima. E, nos deliciamos com tais objetos. Porém, cultura também é saber “juntar as letrinhas”. Soletrar. Contar até dez. Pintar com giz-de-cera. Porque os jornais não separam um pequeno espaço, na seção de cultura, para tentar estimular essa cultura primária? Essa resposta é fácil: pobre não compra jornal. O espaço do jornal é caro. Ou qualquer outra desculpa que atinja o vil metal. Pobre não compra jornal, mas o abastado compra. E, estimulando esse abastado a fazer algo pela cultura primária, pode surtir algum efeito, mesmo que pequeno. Onde está o caráter social do jornalismo? Ficou nos primórdios? O espaço é caro? Não precisa abdicar. Conquiste parceiros nessa idéia! As empresas têm seus projetos sociais e o espaço do jornal pode ser aproveitado por elas. Até incentivo fiscal existe para facilitar essa troca. O que não é admissível é a desfaçatez, o mascaramento, o apartheid cultural que é promovido pelos impressos diários, semanais ou mensais. Os espaços destinados à cultura tornaram-se uma grande agenda, onde até se paga para que matérias sejam publicadas. A revisão desse papel do jornalismo cultural deveria ocorrer de imediato, para que os meios de comunicação possam ajudar tirar o atraso que se encontra a educação brasileira. Marcelo de Castro

DONA MARISA !

Seria bacana termos uma primeira-dama engajada em algum projeto social, fosse ele qual fosse.D. MARISA, a senhora deve estar muito feliz; seu marido ganhou as eleições, e será presidente por mais quatro anos. Parabéns.Imagino que quando ele foi eleito pela primeira vez, deve ter sido difícil para a senhora; seria para qualquer mulher se habituar a uma nova vida, ter que fazer coisas em que nunca pensou; por outro lado, não poder mais fazer um monte de coisas às quais estava habituada, ter que obedecer ao protocolo, andar cercada por seguranças, não poder entrar num shopping -a senhora deve ser louca por um shopping, não?- e tendo que ter uma vida privada quase secreta, já que a imprensa está sempre de olho.De olho para falar da cor do esmalte de suas unhas, do penteado, do botox que botou -ou não-, e correndo sempre o risco de alguém de sua intimidade ser indiscreta e contar o que a senhora come no café da manhã, se faz dieta, se fuma, enfim, todas essas coisas que qualquer mulher tem liberdade para fazer, menos a primeira-dama.Devem ter sido quatro anos difíceis, mas já passaram.Agora a senhora tem mais quatro pela frente; quais são seus planos?Não seria hora de fazer alguma coisa além de ficar sentada naquela cadeirinha, nas cerimônias oficiais, enquanto seu marido discursa? Ah, d. Marisa, esse país é cheio de problemas, e a senhora poderia ajudar em alguma coisa. Já existe o Bolsa Família e o Fome Zero, mas ainda há muita coisa a ser feita.Não digo que a senhora seja a mulher mais poderosa do país, mas é casada com o homem mais poderoso, por isso pode decidir fazer o que quiser, e terá toda a ajuda de que precisar. Ajuda financeira, e ajuda de centenas de mulheres que adorariam colaborar com qualquer coisa que a senhora inventasse fazer.Capacidade a senhora tem: não me esqueço de um programa de televisão onde a vi fazendo sanduíches para vender nas assembléias de metalúrgicos, anos antes de sonhar onde iria chegar.Esse tipo de coisa a senhora não precisa mais fazer, mas existem outras que não seriam nenhum sacrifício, e que poderiam fazê-la até muito feliz por estar ajudando o governo de seu marido. Porque botar uma camiseta, sorrir e aplaudir, convenhamos, é muito pouco.Fazer o quê? Não falta quem lhe diga. Seu marido tem um monte de assessores, todos prontos para ter 50 idéias geniais para que a senhora faça alguma coisa que melhore a vida de quem precisa. A senhora é forte, decidida, e não tem sentido passar mais quatro anos trocando de terninho para acompanhar o presidente nas viagens, sorrindo para os fotógrafos, não dizer nada sobre assunto algum, e não fazer rigorosamente nada.Não que a senhora tenha obrigação, mas seria bacana termos uma primeira-dama engajada em algum projeto social, fosse ele qual fosse.Mas se a senhora quiser continuar a viver a vidinha que vive há quatro anos, poderia pelo menos - pela imagem, d. Marisa, pela imagem - visitar às vezes um hospital público (sem avisar, para ver a fila na porta), uma creche, uma escola, para mostrar que se interessa pelos mais necessitados, e que seus próximos quatro anos não serão mais apenas umas férias passadas entre o Alvorada e a Granja do Torto, além de viajar pelo mundo no seu luxuoso jatinho. Pense nisso, d. Marisa. Pegaria muito bem. TEXTO DANUSA LEÃO

RESTAURAÇÃO OU REFORMA ?

Diariamente passamos ao lado da Capela de São Miguel Arcanjo na Praça Padre Aleixo (do forró) e vemos o patrimônio histórico de São Miguel Paulista ser transformado numa moderna obra arquitetônica.O trabalho na capela nada tem de restauração, já que restaurar seria recuperar, reparar danos do tempo, utilizando-se de técnicas e tecnologias semelhantes as utilizadas na construção.O desleixo com o patrimônio histórico de São Miguel Paulista não é novidade. Há tempos que casas construídas no final do século XVII e inicio do século XIX foram demolidas para dar lugar aos prédios de bancos, hospitais particulares, agencias de automóveis e estacionamentos.A brusca transformação geográfica do bairro tem grande impacto psicológico na população, o que foi comprovado em pesquisas na Europa (psicogeografia).Numa restauração de verdade os operários são especializados em restauração. Na obra da capela só encontramos pedreiros, que não conhecem técnicas antigas de construção civil. Nem a empresa responsável pela reforma tem experiência em restauração de patrimônio histórico.Procuramos as autoridades para falar sobre o assunto, mas não deram nem atenção. Dizem que não é problema deles, cada um fala para procurar o outro. Em São Miguel Paulista a influencia e o dinheiro falam mais alto. Não temos como barrar a destruição do patrimônio histórico no bairro, isso depende de cada autoridade. Quem perde somos nós, toda população SãMiguelence, que fica sem referencia histórica. Veja abaixo o significado do que é RESTAURAÇÃO. Restauração (preservação)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.A Restauração é um conjunto de atividades que visa restabelecer danos decorrentes do tempo em um bem imóvel ou móvel.Restaurar v. t. 1.Recuperar, recobrar. 2.Consertar, reparar. 3. Por de novo em vigor. (Dicionário Aurélio).Um dos primeiros a se preocupar com a preservação do Patrimônio Histórico foi Eugène Viollet-le-Duc, arquiteto francês, elaborou os primeiros conceitos de restauração no século XIX.Patrimônio históricoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.(Redirecionado de Patrimônio Histórico)Patrimônio histórico' refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural, que possua valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, documental, científico, social, espiritual ou ecológico.A preservação do patrimônio histórico teve inicio como atividades sistemáticas no século XIX, após a Segunda Guerra Mundial e Revolução Industrial, inicialmente para restaurar os Monumentos destruídos na guerra.Posteriormente Eugène Viollet-le-Duc, elabora os primeiros conceitos para a preservação e restauração de patrimônio, tornando-se referência teórica na Europa e no Mundo. Outros restauradores como Camillo Boito e Jonh Ruskin elaboraram teorias importantes no processo de preservação e restauração, embora conflitantes.Hoje existem diretrizes para a conservação, manutenção e restauração do Patrimônio Histórico mundial, essas diretrizesestãoexpressasnasCartasPatrimoniais.LeiaasCartasPatrimoniaisemhttp://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do;jsessionid=8D0F7D89B8C29EFD726A2117763D9A3C?id=12372&retorno=paginaLegislacao
/ texto do blogo utraversaozine.blogspot.com

POVO BRASILEIRO !

Brasileiro é um povo solidário. Mentira. -Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade... Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária. -Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.-Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo. -Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.Brasileiro é vagabundo por excelência. - O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. Brasileiro é um povo honesto. Mentira. - Já foi; hoje é uma qualidade em baixa. - Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. - Já foi. Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime. Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas. O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense !O famoso jeitinho brasileiro.Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa... O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro !? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo. Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar...O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira. Para finalizar tiro minha conclusão: O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar . Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim? / Arnaldo Jabor

MAIS UM ANO ELEITORAL !

Estamos diante de um novo ano eleitoral, esperamos que o título do nosso editorial sirva de reflexão e venha despertar responsabilidades em cada um de nós, em relação aos nossos novos governantes.Torna - se necessário á atenção de todos para que erros corriqueiros, comuns nessas ocasiões, não voltem a acontecer. Antes de tudo, vamos trocar a palavra eu pela palavra nós. Lembramos que ações isoladas não levam a nada, só à força coletiva poderá indicar um novo caminho a ser seguido pelo nosso desgastado cenário político.Vamos iniciar fazendo um balanço geral dos prós e contras, dos fartos cardápios de candidatos oferecidos, escolhendo aqueles de melhores digestões. Como sugestão, podemos eliminar as famosas figurinhas carimbadas que só aparecem de quatro em quatro anos, descoradas pelo tempo, cercadas de inércias e incompetências, notórias apenas por suas inutilidades, incapazes de acrescentarem ou agregarem valores.Ainda dentro de nossa avaliação, independente de partidos e favorecimentos pessoais, vamos ser exigentes, tomando como base tudo aquilo que foi realizado em prol das comunidades em geral.Será que são legítimos representantes do povo, da nossa região, estarão levando a nossa voz, nossos anseios e pretensões diante de estâncias maiores? Muito cuidado com os oportunistas, os chamados “pára-quedistas”, que por certo, vão aparecer sem quaisquer perspectivas ou projetos. Outra arma perigosa nas mãos de candidatos inescrupulosos é o assédio financeiro, disponibilizando malas de dinheiro que podem ser obtidas de várias formas e maneiras durante a campanha, difícil é encontrá-las repletas de honestidade, saúde, educação, segurança, cultura, saneamento básico, responsabilidade social e acima de tudo respeito ao eleitor.Somos realistas, não descobrimos a fórmula mágica para imacular o nosso mundo político, nem tão pouco a pretensão de lançar uma cartilha ensinando o caminho das pedras, apontando procedimentos, erros e acertos. O importante é agir de acordo com nossa consciência, como cidadãos de bem.No futuro ninguém poderá acusar-nos de omissão ou até mesmo cumplicidade. fonte/ Jairo Hudson de Mendonça Castilho