sábado, 31 de janeiro de 2009

DEUS É UM MESTRE OU UMA SENSAÇÃO ?

Poucas coisas se igualam a capacidade do ser humano de se auto-enganar, a vontade traiçoiera de sabotar para prosseguir é uma companheira diária. Pensemos por um momento nesse caso, sabemos que ao levantarmos todos os dias podemos ou não mudar o rumo das situações que continuam a nos desagradar cotidianamente, mas OPTAMOS por deixar para depois, ou mesmo esquecer.Dentre os animais as estratégias como a camuflagem, a dissimulação e o blefe, são amplamente utilizadas para a sobrevivência e reprodução da espécie, ao contrário do ser humano, o meio-ambiente não conhece a auto-sabotagem, truque utilizado pelas instituições de poder como a Igreja, que na idade média e até os dias atuais insiste em garantir o céu através do sufocamento do prazer e do corpo. produzindo o auto-engano através de gerações, a religião católica constuiu um aparato de domestificação moral e ética que incentiva o auto-engano, pois todo o ser consciente de seu corpo, sabe que através do prazer conquistamos uma vida ascendente, e que culpar o corpo pelas mazelas da vida e enganar-se sem perceber. Dentro de um contexto consumista como o da sociedade espetacular em que vivemos o auto-engano é um instrumento extremamente eficaz, utilizado com maestria pelos grandes publicitários, que produzem a todo momento motivos e causas para a necessidade de algo novo, único, e ainda não conhecido. Vejamos o caso dos shopping centers, centros de disseminação do auto-engano, onde o desnecessário ganha tons de indispensável, os novos modelos de celular que agora além de serem ótimos rastreadores de indivíduos e situações, podem tocar música, e mesmo tirar fotos, a necessidade de criar necessidade para viver é a chave da matrix. A super-afetação do aparecer, do superficial, da imagem acima de tudo, nos coloca a mercê de uma sociedade onde a vida é sufocada pela obssessão do consumo e do racional.. é preciso antes de mais nada ter coragem para reconhecer o quanto estamos nos enganando e enganando a própria vida a cada momento em que optamos por esquecer, a não enxergar. As portas da percepção estão soterradas pela velocidade com que somos assaltados pela tecnologia, é preciso olhar para si e desacelerar. /Lukati