Uma situação que nos preocupa, aterroriza, espanta, enerva e nos causa depressão e desespero. Intransigente e sem mansuetude os governantes sugam a população até a última gota de suor e sangue. Vêm às lágrimas epicentrando o direito e os deveres que temos como cidadãos, e são negados todos os dias, o ano todo. Pagamos taxas exorbitantes para nascer, viver e morrer. O nosso carma, os fardos pesados, a indescritível educação que devemos aprender no dia-a-dia, custam valores calcetados que nos levam a preocupação e ao desespero. Já ouvimos alguém falar que não pedimos para nascer, mas não vimos com constância aqueles que pedem para morrer. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Os nossos direitos, se é que temos, estão inertes na Carta Magna, mas as obrigações são cobradas todos os dias. Do suor de um, das lágrimas de muitos, os impostos vão - nos direcionando a roga rumante da impiedade dos vampirizadores, em detrimento do sacrossanto dever instituído pela Constituição Federativa do Brasil. Do paraíso ao crescei e multiplicai-vos em que pecamos? O egoísmo, a ambição, o materialismo domina a maioria dos seres humanos que habitam o orbe terrestre. O amor e o perdão ficaram esquecidos no baú da existência humana. “De grão em grão a galinha enche o papo” e de tostão a tostão os corruptos com suas eloqüências engordam seus patrimônios. Depois de descobertos a botija já secou há muito tempo. Os contribuintes terão a árdua missão de encher novamente os cofres da nação, visto que pena não existe para os surrupiadores de plantão. Dizem que o mundo nos pertence, mas na realidade estamos no calvário dos que se dizem ou passam como defensores da sociedade. Será que a sociedade é burra? Achamos que não! Estamos vivendo no calvário dos nossos representantes legais, eleitos pelo povo simples, pela classe média e a mais privilegiada. Muitas vezes são representantes apriorísticos que se embrenham no caminho da maldição para nos matar de raiva, apreensão e preocupação. Diz o “Livro Sagrado” que Deus criou o mundo em sete dias e no último descansou. O homem vem destruindo este mesmo mundo sem descansar um só dia. O mundo não nos pertence estamos vivemos de aluguel. Dizem que são contra a Eutanásia, mas, no entanto, o que vemos é a prática desta Eutanásia sem medidas e proporções. O mesmo acontece com a pena de morte. O brasileiro convive com a pena de morte todos os dias, seja pela fome, por balas perdidas, por assassinatos, execução sumária, estupro seguido de morte e outras mazelas impulsionadoras da indolência. O grande Rui Barbosa tinha razão quando afirmava que o brasileiro iria passar por uma situação deplorável, em que ele teria vergonha de ser honesto. Outro grande ser humano dizia: “Brasileiros não verás nenhum País como este, ama com fé e orgulho a terra em que nasceste”. Infelizmente a maioria só pensa naquilo. “Araruta tem seu dia de mingau, mas, por enquanto, o domínio é do Lalau. Não existe no Brasil e no mundo o pegureiro contemplativo e sim o assassino frio e cruel que “mata em nome de Deus”. O azimute mundial está desnorteado, a verdade é que estamos inseridos num mundo alugado. O forte sacrificando o fraco, o rico vampirizando o pobre e os nossos representantes exacerbando em melindres a vida dos que se encontram na base da pirâmide. A única solução para sairmos da crise é a inversão da pirâmide, mas a possibilidade não existe. Jesus ao profetizar dizia: “Eu não vim mudar a Lei e sim dá-la cumprimento”, mas na realidade pela sua inteligência e conhecimento, vislumbrou mandamentos demais, e dos dez diminuiu oito, deixando apenas dois. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti (si) mesmo”. O que aconteceu com Ele? Foi morto e crucificado. Visto que veio conhecer o mundo alugado. “Eu não sou o Rei dos Reis e sim apenas o Mestre”. O egoísmo, a prepotência e a ambição e o medo de perder o poder mataram-no, bárbara e cruelmente. O mundo tem muitos doninhos e locatários demais. Políticos e empresários “bem sucedidos” que conseguem se inserir na política quer mandar em tudo chegando ao ponto da dominação daninha e do uso da força aliado ao poder. O que será de nós condôminos do mundo alugado? Duas coisas podem acontecer: sermos aceitos ou rejeitados neste mundo desenganado. /ANTONIO PAIVA RODRIGUES