A arquitetura através da história sempre representou a cena fixa do seu habitar abrigando suas mais diversas necessidades, expressando os sentimentos e vicissitudes de gerações, seja pelos acontecimentos novos, antigos, públicos ou privados. No elemento público, indivíduos e sociedade contrapõem ou justapõem seus objetivos materializando nas edificações as diversas casas que configuram nossas cidades. Conduzindo um grande jogo onde todos os figurantes promovem sua transformação reinventando a cada decisão o meio ambiente em que vivemos.Ruy Barbosa
Na ultima reunião coletiva da Comissão Pró-Centro Cultural, ocorrida em 09 de setembro na DRE-MP (Diretoria Regional de Educação de São Miguel), os arquitetos Ruy Barbosa e Rita Muller entregaram a proposta de readequação do Centro Educacional e Cultural, conforme solicitação de alguns membros da Comissão. Tendo em vista que, a proposta inicial advinda de SIURB-EDIF, que foi aprovada por uma minoria, promoveu a total falta de consenso entre os integrantes desta “reunião”, no que diz respeito à solução no tocante a implantação e definição espacial dos prédios a serem construídos. Neste sentido, a proposta arquitetônica dos arquitetos colaboradores não chegou a ser exposta e discutida entre as pessoas presentes nesta reunião. A decisão final daquela foi a necessidade de se reavaliar todo o processo, ficando estabelecido à solicitação de mais uma reunião com o Secretário da Educação para se reavaliar o projeto anteriormente aprovado. O projeto que nem sequer chegou a ser apresentado propunha as seguintes soluções: PROJETO DOS ARQUITETOS RUY BARBOSA E RITA MULLER ECOLOGICAMENTE E HISTORICAMENTE CORRETOS.
1.Biblioteca situada entre as árvores existentes em local recolhido do ruído do trânsito da Av. Nordestina, prevendo grande área de estacionamento. Esta área arborizada abriga hoje o prédio do CMCT em caráter provisório.2.Teatro com flexibilidade espacial para abrigar mais de 250 lugares, se valendo do pátio da marquise que deverá ser interronpida para não invadir o espaço da quadra esportiva da escola.
3. Interligação espacial entre o prédio da biblioteca e o anfiteatro através de uma passarela aérea preservando a escola de interferências físicas atendendo a solicitação do Conselho de Escola.
Conforme projeto arquitetônico “definitivo” entregue na data 02/04/2009, por SIURB/EDIF que levou seis meses para ser concluído os referidos aspectos acima, mas infelizmente os mesmos parecem que não foram o suficientes para serem considerados pelos profissionais que o desenvolveram. Tais aspectos foram abordados e “definidos” da seguinte forma: PROJETO DA COMISSÃO PRÓ CENTRO CULTURAL, SEM AS PRESENÇAS DO ARQUITETOS RUY BARBOSA E RITA MULLER 1. Biblioteca implantada junto da Avenida. Nordestina, extremamente barulhenta, portanto local desfavorável à leitura e a qualquer outra atividade que requer silêncio.
2.Teatro com capacidade limitada de apenas 200 lugares.
3. Interligação espacial entre o prédio do anfiteatro e o CMCT através da marquise que desconsidera a existência das árvores locais, remanescentes do antigo cemitério.
4.O mesmo ocorre com o projeto do prédio da EMFM Darcy Ribeiro que sofreu transferência para a área do atual CMCT. Este mesmo local coincide com a posição da capela do antigo cemitério desrespeitando, portanto, como patrimônio histórico-cultural do bairro.
OPINIÃO DO BLOG:
Continuamos com o firme propósito de que nosso Bairro mereçe um Centro Cultural de Respeito, pois há mais de 23 anos lutamos por este Ideal, A comissão Pró Centro Cultural as vezes se esquece que tambem faz parte da mesma os Respeitados colegas Arquitetos Dr. Ruy Barbosa e Rita Muller que estão sempre empenhados numa simples questão, A preservação da nossa Historia e a preservação do meio Ambiente! Demoramos tanto para conseguir, e quando conseguimos, isto não nos dá o direito de ignorar antigas Árvores e um Alicerce Secular, afinal nosso Bairro é diferente dos outros, aqui se respira História e Tradição. Espero que um dia no Futuro não venhamos a nos arrepender por passar por cima do nosso passado e desta grandeza chamada São Miguel Paulista / ROGER LAPAN