Agora é lei: todas as escolas públicas e particulares do país deverão oferecer aulas de música a seus alunos. O projeto de lei nº 2732/2008 regulamenta a obrigatoriedade da educação musical em escolas de todo o país, mas não exige formação profissional específica para os professores. Os sistemas de ensino terão três anos letivos para se adaptar às exigências estabelecidas na nova lei. O presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM) e professor de música do Centro de Artes da UDESC, Sérgio Luiz Figueiredo, explica que a lei vale para os ensinos fundamental e médio, mas as definições sobre em quantos anos e com que periodicidade o ensino de música será ministrado vão caber aos conselhos estaduais e municipais de Educação, em parceria com os governos locais. O formato e o conteúdo das aulas também não estão previstos no projeto, as escolas estão livres para escolher quais atividades serão oferecidas, tais como coro, grupos instrumentais, orquestras, ensino de instrumento, entre outros. O importante é que a escola considere a demanda dos alunos e as características culturais da região em que está inserida.Segundo a presidente da Sociedade Internacional de Educação Musical e professora de música da UFRGS, Liane Hentschke, a educação musical nas escolas é tida como um instrumento fundamental para garantir a preservação das raízes culturais em muitos países e o exemplo precisa ser seguido pelo Brasil. De acordo com o grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música (GAP) que está à frente da campanha "Quero Educação Musical na Escola", o desafio agora é discutir nacionalmente qual é a educação musical que serve ao Brasil hoje. Apoiam o GAP músicos como Daniela Mercury, Roberto Frejat, Francis Hime, Ivan Lins, Fernanda Abreu, Zé Renato e Gabriel, o Pensador /FONTE JORNAL DE DEBATES