sábado, 23 de agosto de 2008

PARA LER E PENSAR ! ( MAIS PRAZER, MENOS LAZER ! )

Somos uma sociedade com muito entretenimento e lazer, mas pouco prazer. Suspeito que existam causas profundas que expliquem o fenômeno, porém, vou deixá-las de lado, pois não quero ser dramático, principalmente, num breve artigo. Então, vamos lá! Hoje o prazer, por falta de imaginação, opção ou distorção cultural, está praticamente confinado à esfera do sexo, gastronomia, consumismo, feriados emendados e, se você tiver recursos, às férias em resorts paradisíacos. Já o mundo do trabalho exige circunspeção, disciplina; e a família, afetividade e intimidade. Em ambos, humor e momentos de descontração são aceitos, mas não são considerados como fontes de prazer. Na empresa esses estados de espírito entram na conta do clima organizacional. Com a idade, essas coisas despertam a minha curiosidade profissional. E assim, troquei a indagação pela defesa da causa do prazer. Como bom militante, desejo contribuir para transformar o CONHECIMENTO em algo útil, accessível, PRAZEROSO e compartilhado. Quanto mais procuro, mais formas encontro para viabilizar a causa, o que aumenta o prazer de trabalhar. É inacreditável o quanto podemos crescer uns com os outros. É uma experiência gratificante que lembra o ditado que a pessoa inteligente aprende com a própria experiência, enquanto o sábio também aprende com a experiência dos outros. Outro fato curioso foi descobrir que a minha ignorância podia ser usada em benefício do cliente. Creiam-me caros leitores, às vezes, não saber é a melhor, senão a única, porta de acesso ao conhecimento. Se não conheço o negócio ou o problema do cliente (e como um consultor poderia conhecer tantos negócios e problemas de tantos clientes?), aproveito o “vazio” de idéias preconcebidas para estudar, levantar dúvidas, questionar o interlocutor de forma simples e direta: “por que isso, por que aquilo, por que não diferente?” E depois, “o porquê dos por quês”. O melhor da história é que, através do diálogo, do jogo de perguntas e respostas, acabamos aprendendo mais sobre a situação e sobre nós mesmos. E isso nos torna profissionais melhores; em indivíduos interessados em crescer e em ajudar os outros (clientes externos e internos) a crescerem. E depois há quem pense que o prazer não é uma ocupação séria... / Eugen Pfister Jr