Educação nunca foi prioridade do governo brasileiro. Vejam o percentual que o governo destina para este setor, o mínimo possível. “O esquema de estudo, no recinto da escola, é o mesmo tesouro de luz para a coletividade dos aprendizes; cada aluno, porém, revela assimilação diferenciada.” Em verdade, o ensinamento do bem somente vale quando a criatura lhe substancializa a orientação. Será que essas nuanças, esses detalhes estão inseridos no ensino fundamental brasileiro? O jornal O Povo, edição de 31/07/2008 traz em sua primeira página a seguinte manchete: “Ensino médio: um em cada quatro alunos desiste de estudar”. Limemos todas as circunstâncias que levam as crianças e adolescentes a abandonarem os estudos. “Dados da secretaria da Educação revelam que a taxa de evasão escolar no 1º. Ano do ensino médio é de 25%”. Quando se leva em consideração as reprovações, o percentual de estudantes que não concluem o primeiro ano de estudos chega a 37,9%. Por ano, são 40 mil alunos que abandonam as aulas por desinteresse ou falta de conhecimentos básicos, como leitura e raciocínio lógico. Será que esse percentual de crianças ao ser constatado as irregularidades aqui enunciadas são encaminhadas a uma perícia médica? Se o desinteresse existe, esse deve ser causa de um motivo moderado ou grave. A Secretaria de Educação já investigou estas ocorrências? É notório e de fácil assimilação. Se o aluno não possui conhecimentos básicos, que se dê a ele referidos conhecimentos, e se o raciocínio não está sendo lógico, que se estude a causa. A educação deve ser respaldada por uma boa assistência médica, mas infelizmente isso não acontece e nem os diretores de escolas comparecem as casas dos pais dos alunos para investigar e tomar conhecimento da ausência escolar. É o mínimo que se pode fazer para acabar com essas irregularidades. Muitas vezes os alunos matam as aulas para estarem nos sinais tentando ganhar alguns trocados como flanelinhas. Ou, estão fazendo aquilo que não devem o uso de droga. O aluno em regime escolar deve ser fiscalizado e orientado. Se essas atitudes não são tomadas, não chegaremos a um denominador comum. Infelizmente! As crianças das Regiões Norte e Nordeste estão sujeitas a essa chaga triste e destruidora que o governo ainda não conseguiu sarar. Dos 184 municípios cearenses, além da corrupção e falta de conhecimento político, noções básicas de administração, os prefeitos normalmente gastam as verbas sem obedecerem as normais legais e as instruções do Tribunal de Contas. Sem contarem com auxiliares a altura normalmente têm suas contas desaprovadas. O índice de crianças sem escolas nos municípios mais pobres e as condições em que moram e sem transporte escolar fazem com que esse percentual seja bem maior do que o estimado. Educação é coisa séria, mas parece que as autoridades não estão preocupadas com esse problema. Nos municípios pobres e com arrecadação suficiente é comumente vermos crianças na ociosidade, e perambulando de um lado a outro e de mãos estiradas, pedindo esmolas aos motoristas que percorrem este país de ponta a ponta. A preocupação maior é com a vontade de saciar a fome. Se a fome continua, irão procurar o vil de metal, usando artimanhas e modos não apropriados para um ser pequenino e indefeso. As crianças desnutridas não possuem capacidade para enfrentar uma sala de aula e, principalmente se a escola se localizar muito distante de sua casa. Os neurônios desses seres já estão sem forças e se esvaindo pouco a pouco. Os desnutridos brasileiros estão formando uma nova raça a dos nanicos e inoperantes. A educação deve chegar aos mais longínquos lugares e deve ser repassada a toda população, independente de idade e de condição social, se é que existe. /ANTONIO PAIVA RODRIGUES