quinta-feira, 13 de novembro de 2008

NÓS SOMOS NÓS MESMOS !

Não é interessante que nós vivemos todo secundo com nós mesmos, e conseqüentemente somos as únicas pessoas que nos conhecem? Ao menos achamos isso, às vezes temos uma visão tão padronizada a respeito de nós mesmos, que achamos que nos conhecemos o suficiente para fazer mil e uma coisas, como julgar o certo e o errado. Será que é verdade, que os erros que acontecem conosco são sinais divinos querendo mostrar nossa verdadeira personalidade? Será que os erros são uma forma de mostrar um novo cominho que você teme seguir? Será que a idéias de errado e certo não sofreu influência da sociedade? Você já percebeu que não há muitas maneiras de medir nosso autoconhecimento?Sendo assim, podemos fazer valer a teoria do certo e o errado.Se sempre medirmos o nosso grau de autoconhecimento pelas coisas certas e erradas, não podemos ser nós mesmos os juízes desse jogo maluco. Será que os nossos relacionamentos dizem alguma coisa sobre quem nós somos?Se disserem, deve ser uma pequena porcentagem, já que o autoconhecimento já teria se dissolvido duas vezes. Talvez nós não temos olhos para nos autoconhecer, mas temos olhos para conhecer outras pessoas.Sendo assim, em um relacionamento tem como nos conhecer por maneira do próximo?Será que os erros que você comete em um relacionamento podem fazer o outro entender o que é certo pra ele, e conseqüentemente fazê-lo autoconhecer-se? Nessa etapa os erros já viraram um canal para a descoberta do que é certo, então essa medida que escolhemos pode nos levar a um bom resultado.As coisas certas que nós fazemos pode ser uma maneira de nos cegar e fazer-nos parar de questionar nós mesmos?Será que quando acertamos algo, podemos fazer igual o jogo “detetive”; marcar a jogada certa para repeti-la mil vezes?Será que quando fazemos alguma coisa certa, isso bloqueia a nossa visão de perfeição e de amplidão de coisas certas que há ainda para fazer? É triste pensar que é bem provável que não sabemos nem metade de nós mesmos, e que a nossa consciência pode esconde segredos de nós mesmos.Na teoria do cartesianismo diz que a vida humana é passível de conhecer a si mesma de modo imediato e integral, estabelecendo dessa maneira uma evidência irrefutável de sua própria existência e, por extensão, da realidade do mundo exterior. Eu não acredito nisso, mas a minha idéia de consciência é bem simples, a consciência é sentido que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais.Por isso eu aprovo a idéia da consciência poder nos enganar totalmente, fazendo então duvidar se nós realmente nos conhecemos. Já para Nietzsche a consciência tem outro fundamento, ele acredita que a consciência tem alcance restrito, e não é percebida, já que a dimensão pulsional ou passional do ser humano é insubmissa a qualquer tentativa de autocontrole ou autoconhecimento que se pretenda a algo integral ou absoluto. Só nos resta continuar batalhando para nos autoconhecer e fazer jus a nossa personalidade que tanto apoiamos. Nos conhecer é um desejo grande, porém podemos deixar nossas amizades e relacionamentos nos ajudar nessa missão, pois apenas o clichê do amor pode resolver certas questões. /Silas Grecco