quinta-feira, 18 de setembro de 2008

JESUS O MESTRE, O MAIOR DE TODOS !

Quase vinte séculos passaram já aquém do nascimento do mais poderoso revolucionário do mundo. Humilde, simples e bom, ele proclamou a igualdade. Proclamou-a e exemplificou-a. Naquele débil corpo nazareno, amado pelas mulheres e pelas crianças, adorado pelos velhos e pelos miseráveis, encarnou o maior espírito que tem vindo ao mundo. Outros antes dele e depois dele vieram, que ensinaram moral e pregaram doutrina santa; mas nenhum conseguiu falar tão cariciosamente à razão e à alma humana, como aquele. A sua palavra é e será sempre a palavra da verdade. A luz que dela emergiu tem vindo, pouco a pouco, rompendo a treva da ignorância e da maldade. Aqueles que pretendem negar a grandeza, a divindade da sua ação, esquecem que é a ele e só a ele que devem o direito de poderem malsiná-lo. Porém, ninguém, por mais sábio, por mais enciclopédico, por maior que seja ou se suponha, se lhe igualará no mais insignificante ato. A mais bela moral, a mais sã filosofia, a mais douta justiça, que os homens têm inventado em séculos de lucubrações e conquistas, são pálido arremedo daquelas que aquele maravilhoso cérebro transmitiu aos seus companheiros descalços e humildes, e que eles legaram piedosamente à eternidade. Tudo no mundo é finito; só a palavra de Jesus será eterna, porque resistirá a tudo, como a verdade. Quando a Terra haja cumprido a sua missão e passe à classe das coisas inúteis e reformadas, a doutrina do Mestre divino persistirá, porque estará frutificando por esses milhões de terras além, que aí se vêem flutuar no espaço, como luminosas facetas de diamantes, dependuradas no azul. Companheira inseparável do espírito humano, acompanhá-lo-á nessa infinita trajetória através da eternidade, embora os pigmeus liliputianos, que constituem alguns dos sábios da Terra, se esfalfem a negar-lhe a grandeza, como os selvagens se esfalfam a insultar a Lua. Estas microscópicas nulidades, a quem a verdade incomoda, julgam eliminá-la com a sua negação. Mas ela, a verdade, filha do Cristo e amada dele, há de ficar, eterna, límpida, luminosa, pulcra, enquanto deles não ficará lembrança na memória do homem. Os corpos deles - deuses miserandos e fétidos, ante os quais muitos se curvam e prostram, no gozo epicurístico de adorações baratas - hão de desaparecer na lama, na corrupção, nos vermes; transformar-se em átomos que irão congregar-se no futuro corpo ingrato de um felino, ou no filosófico corpo de um asno paciente e lanzudo; enquanto a doutrina, que eles amesquinham, passará tranqüila, luminosa, universal, por sobre os tempos e pelos espaços fora. Deles e das suas filosofias não restará fragmento; e enquanto houver no Universo memória de homem haverá sempre uma recordação amorosa e suavíssima do dia do nascimento, na Terra, de Jesus, o Mestre, o maior de todos. / Fernando Lacerda