No seqüestro que resultou no assassinato da jovem Eloá, entre as diversas falhas ocorridas no gerenciamento da crise pelas polícias, destaco a falta de uma ação decisiva por um franco-atirador. O tiro de precisão com fuzil resolve grande parte dos seqüestros no mundo todo e o GOE possui atiradores excelentes e equipamentos de alto nível de desempenho.Bastava atraírem o seqüestrador para uma exposição calculada para eliminá-lo com um único disparo. Para os leigos no tiro de precisão, podemos informar:- Um simples fuzil de ferrolho em calibres 7 mm ou 7,62 mm nas mãos de um recruta pouco treinado pode agrupar num alvo 5 disparos a 200 metros dentro de uma área de 40 X 40 cm (medida aproximada de um tórax humano). Isso, usando-se apenas a alça de mira padrão do fuzil, sem o uso de miras telescópicas. Atingindo o alvo com grande impacto e transfixando quase sem desviar-se o projétil, objetos não metálicos de pouca espessura.As distâncias que existiam na cena do seqüestro, das janelas dos apartamentos ao lado, eram entre 20 e 50 metros. Nessas distâncias, é possível grupar-se tiros numa área de 10 X 10 cm, sem miras telescópicas. Com o uso dessas é possível, por exemplo, furar-se uma moeda de 1 real a dezenas de metros.O que houve, então? A meu ver, falta de comando, pelo medo de repetir-se a tragédia da família Caringe em São Paulo, da qual muitos se lembram, em que o franco atirador PM matou a refém Adriana no disparo. Falta de confiança no preparo e capacidade de seus subordinados.A manipulação que pode ser gerada sobre essa falha, entre outras, é a desse governo petista cooptar e subornar os sobreviventes do seqüestro, fazendo com que eles emitam declarações forjadas contra as polícias com o objetivo ideológico de voltarem a opinião pública contra elas. O que é compreensível até, afinal, bandido não gosta de polícia mesmo. / www.brasilwiki.com