Nós, mulheres, durante muito tempo batalhamos pelo direito de sermos livres, de opinar, pelo direito de votar, etc... Mas hoje, não estamos totalmente livres, vivemos aprisionadas num mundo criado pela nossa imaginação, onde vivemos angustiadas e infelizes. Suicidaram nossa auto-estima, mas será que nós não somos o principal suspeito? Vivemos algemadas pelos padrões de beleza, presas às imagens que gravamos em nossa mente das modelos magérrimas apresentadas na mídia, na qual nos estimula um desejo de possuirmos as mesmas curvas, o mesmo cabelo, as mesmas pernas, o mesmo rosto e isso nos leva a cometermos suicídio com nossa próprio auto-estima, não temos mais vontade de viver, pois vivemos presas àquela imagem, tornando um vício, na qual faz-nos cometer loucuras. Quantas adolescentes hoje possuem anorexia e bulimia? Todas com o mesmo objetivo, de possuir um corpo perfeito, mas será que esse corpo é realmente perfeito? Será que aquelas modelos são realmente felizes? Ou elas vivem presas nesse mundo por não conseguirem mais sair dele e por terem medo de realmente se conhecerem? Hoje, a maioria de nós, olhamo-nos no espelho e valorizamos mais nossos defeitos que nossas qualidades. Nunca nos elogiamos! Nos aprofundamos cada vez mais nesse mar de angústia, nos tornando escravas da ditadura da beleza e depois ficamos perdidas num mundo que só valoriza a imagem, perdemos a noção e só percebemos nossos defeitos. Sempre fomos escravas da beleza, vivemos nos comparando aos outros, nos massacrando na frente do espelho. Quantas histórias conhecemos de mulheres que foram discriminadas por homens por não estarem no padrão de beleza, que foram desprezadas na pior das rejeições? Em muitas vezes na história, os que mais nos desprezavam foram os que mais sujaram a história, com os assassinatos, estupros, adultérios... Só houve um único homem que valorizou a mulher, como nenhum outro homem havia valorizado, o Mestre dos Mestres, Jesus Cristo, que nos defendeu, que fez das prostitutas, rainhas, das desprezadas, princesas, e enxergou o grande valor que a mulher tinha, não importando com quantos homens ela dormia, mas a sensibilidade que ela possuía. Nossa imagem, é muitas vezes vista como objeto de uso, um símbolo sexual. É preciso que nós enxerguemos pessoas maravilhosas ao olharmos no espelho, mesmo que estejamos fora do padrão de beleza. Pois somos belas, cada uma com um dom único e isso é que interessa. É necessário que as pessoas enxerguem no próximo, não sua aparência, mas sua inteligência e sensibilidade, pois beleza está nos olhos de quem vê, e ela é só um estado de espírito. Vamos ser atores principais de nossa história. Joguemos pro alto tudo que sufoca nossos sonhos, vamos expor metas em nossas vidas e libertar nossa auto-estima. Não vamos ao salão de beleza para ficarmos bonitas e sim, para ficarmos mais bonitas. Vamos jogar fora a imagem do corpo perfeito e criar a imagem de como nós somos, nos aceitando e criando uma história de amor com nós mesmos. /Alessandra Vieira Fernandes,